Com vitória por 1 a 0 na prorrogação da final mais violenta da história, espanhóis ingressam na elite do futebol mundial.
A Espanha trocou de clube. Não foi por meio do desempenho que todos esperavam, mas a vitória por 1 a 0 contra a Holanda na prorrogação, neste domingo, no Soccer City, valeu a conquista de sua primeira Copa do Mundo, que, entre outros benefícios, permite à seleção deixar para trás o rótulo de time "amarelão", que fracassa em momentos decisivos. Enfim responde pelo apelido de "Fúria" que carrega desde o início do século passado sem correr o risco de ser ironizada por atletas, jornalistas e torcedores rivais.
Celebrada pelo seu jogo altamente técnico, a Espanha venceu a final mais violenta da história. Foram distribuídos 13 cartões amarelos e um vermelho pelo árbitro inglês Howard Webb, criticado já no intervalo pela imprensa internacional pela sua complacência com o jogo duro, principalmente dos holandeses.
Agora, a seleção espanhola vai à próxima Copa, em 2014, disputada no Brasil, em situação ímpar. Chegará ao "país do futebol" com grandes chances de bicampeonato, já que a média de idade da atual base - 26 anos - permite mais um Mundial. Além disso, essa equipe confirma uma supremacia rara na história do futebol.
A Espanha é a segunda seleção, ao lado da Alemanha campeã mundial em 1974, a confirmar na Copa sua supremacia continental. Nenhum outro europeu fez o mesmo, enquanto Uruguai, Argentina e Brasil, os campeões sul-americanos da Copa, nunca venceram o Mundial seguinte às suas conquistas na América.
E seja qual fosse o resultado em Joanesburgo, a Copa da África já teria mudado a geopolítica dos campeões mundiais. Além do ineditismo do primeiro Mundial em solo africano, o torneio de 2010 premia também um campeão inédito. Agora, são oito as nações que ostentam o título de campeão mundial de futebol: Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, Uruguai, Inglaterra, França e, por fim, Espanha.
A Espanha era também o único dos grandes centros do futebol que até hoje sequer havia ficado no pódio da Copa do Mundo. Sua melhor colocação havia sido o quarto lugar em 1950, no Brasil. Inglaterra, Itália, França, Portugal e Alemanha, países que junto dos espanhois possuem as principais ligas do mundo, já haviam conquistado títulos, vice-campeonato e ao menos um terceiro lugar em Copas. A Espanha, não. Aos holandeses, resta o gosto amargo de sua terceira final de Copa perdida.
Mas, se tratando de futebol, frustrante foi pouco para a decisão. No lugar de dribles dos holandeses ou rápidas trocas de passes dos espanhois, o que um insatisfeito Soccer City assistiu foi um jogo faltoso ao extremo. Após breve pressão espanhola nos minutos iniciais, principalmente com Sérgio Ramos, o jogo descambou para uma sucessão de cartões amarelo aplicados por Howard Webb.
Uma sucessão de faltas duras - Van Persie em Capdevilla, Puyol em Robben, Van Bommel em Iniesta e Sérgio Ramos em Kuyt - provocou uma avalanche de cartões amarelos para os jogadores faltosos, e protestos do banco de reservas, principalmente o espanhol, pedindo mais rigor do árbitro inglês. O lance do sexto cartão amarelo escancarou a violência da final. Num autêntico golpe de kung fu, De Jong colocou Xabi Alonso no chão por vários minutos. Webb puniu o holandês apenas com mais um cartão amarelo.
Os criativos da decisão não conseguiam brilhar. Após o sufoco que levou no início, a Holanda acertou seu posicionamento defensivo e neutralizou o trio Iniesta, Xavi e Pedro, que tinham a missão de municiar o artilheiro David Villa. Do lado holandês, o ponta Kuyt se preocupava mais em ajudar Van Bronckhorst a conter as subidas de Sérgio Ramos, enquanto a dupla Sneijder e Robben era neutralizada pela lado direito da defesa espanhola.
O início do segundo tempo seguiu, literalmente, na mesma pegada. Os holandeses tentavam algo com Robben e seguravam atrás como podiam. O resultado disso foi mais um cartão amarelo, desta vez para Van Bronckhorst. Minutos depois, foi a vez de Heitinga receber o cartão dele por entrada dura em David Villa. Até o fim do tempo normal, Heitinga e Capdevilla também seriam punidos por jogo violento.
Apesar do melhor jogo espanhol, a principal chance de gol foi perdida por Robben aos 18 minutos. Sneijder ganhou dividida e lançou o atacante. Pique não conseguiu cortar e sobrou para Casillas, mesmo deslocado, defender com o pé a conclusão do holandês. David Villa deu o troco em gol perdido aos 24 minutos, quando não aproveitou falha de Heitinga em cruzamento da direita e, mesmo sozinho, teve seu chute desviado por Stekelenburg.
O rigor na marcação não era mais o mesmo, e a Espanha voltou a pressionar pelo lado direito do seu ataque. Em escanteio ocasionado numa dessas jogadas, Sérgio Ramos subiu livre para o cabeceio, mas mandou sobre o travessão holandês.
Aos 38 minutos, a última grande chance. Novamente com Robben, que ganhou na velocidade de Puyol e invadiu a área. Casillas saiu nos pés do holandês e faz nova boa defesa. Robben reclamou falta no lance e, pela intensidade do protesto, ganhou cartão amarelo. O jogo terminou 0 a 0 e foi para a prorrogação, a segunda final seguida que terminou empatada no tempo regulamentar e a terceira desde 1994.
O jogo continuou tenso no pós-jogo, mas a Espanha tentava mais o gol do que a Holanda, que parecia satisfeita em levar a decisão para os pênaltis. No intervalo, Vicente Del Bosque sacou o artilheiro Villa e colocou Fernando Torres, decepção até aquele momento na Copa do Mundo.
No comecinho da segunda etapa Heiting fez falta em Iniesta, na entrada da área, e recebeu o cartão vermelho. Mesmo com um homem a mais, a Espanha esbarrava na marcação, até os dez minutos do segundo tempo, quando Iniesta recebeu ótimo passe de Fábregas dentro da área e chutou forte, cruzado. O gol do título histórico. O gol que coloca a Espanha no degrau mais alto do futebol mundial.
A Fifa anunciou nesta quinta-feira a escolha do inglês Howard Webb para apitar a final da Copa do Mundo, no próximo domingo, em partida entre Holanda e Espanha, às 15h30 (horário de Brasília), no estádio Soccer City, em Joanesburgo.
O árbitro de 38 anos esteve presente em três partidas nesta Copa. Ele apitou a surpreendente vitória da Suíça sobre a Espanha por 1 a 0, na primeira rodada; arbitrou a não menos histórica vitória da Eslováquia sobre a Itália, por 3 a 2, na terceira rodada; e também foi o juiz da vitória do Brasil sobre o Chile, nas oitavas de final, por 3 a 0.
Apitando internacionalmente desde 2005, Webb traz boas lembranças para a Espanha. Ele foi o juiz da vitória da Espanha sobre a Alemanha na final da Eurocopa de 2008, título que ajudou o time hispânico a se tornar um dos favoritos para esta Copa.
Também foi definido quem será o responsável por apitar a partida da disputa de terceiro e quarto lugar da Copa do Mundo, que acontecerá no sábado, às 15h30 (horário de Brasília), no Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth. O mexicano Benito Archundia, que apitará o jogo entre Alemanha e Uruguai, será auxiliado pelo também mexicano Marvin Torrentera e pelo canadense Hector Vergara.
Que soem sem parar as castanholas, que touro e toureiro façam as pazes, que o madrileno, o catalão e o basco compartilhem o mesmo abraço, porque a Espanha, pela primeira vez, está em uma final de Copa do Mundo. A Fúria mostrou sua raiva, “La Roja” apresentou o vermelho de seu sangue, a seleção de Vicente del Bosque jogou demais para vencer a Alemanha por 1 a 0 nesta quarta-feira, em Durban, e garantir presença na grande decisão. O planeta espera um campeão inédito: Espanha e Holanda, domingo, no Soccer City, decidirão quem passa à turma dos vencedores.
Puyol, gigante na defesa, fez o gol da classificação. Foi no segundo tempo, de cabeça, em um lance emblemático para um dos símbolos de uma geração que tenta matar a fome de títulos dos espanhóis. A Alemanha, bem menos brilhante do que contra Inglaterra e Argentina, agora lutará pelo terceiro lugar. O jogo é sábado, em Porto Elizabeth, contra o Uruguai.
Espanha espanhola, Alemanha alemã
Por alguma dessas mágicas que só o futebol tem, o primeiro tempo do jogo em Durban acabou com a brincadeira de troca de papéis que Alemanha e Espanha faziam na Copa do Mundo. Foi uma Espanha espanhola, com qualidade, bola na pé, superioridade técnica, diante de uma Alemanha alemã, compacta, matemática na distribuição de seus jogadores, mas sem aquele brilho que apresentou para cegar adversários como Inglaterra e Argentina. Pertenceu à Fúria a etapa inicial no Moses Mabhida.
Faltou o gol à Espanha. E faltou aquele encaixe final que vem rendendo goleadas à Alemanha. “La Roja” usou seu jeitão de coletividade fominha para ser melhor nos primeiros 45 minutos. Jogou como o moleque que é dono da bola nas peladas de rua: é dele e ninguém tasca - teve 57% da posse, com seis chutes a gol, contra apenas um da Alemanha. Desta vez, a Fúria teve o acréscimo de Pedro, prodígio do Barcelona, bem mais participativo do que vinha sendo Fernando Torres. É uma engrenagem de meter medo: Pedro, Xavi, Xabo Alonso, Sergio Ramos, Iniesta (parece que tem uns 17 Iniestas em cada centímetro do campo), todos em busca de David Villa, a peça final.
Peça final, susto inicial. Eram cinco minutos de jogo quando Pedro encontrou Villa em condições de marcar. O artilheiro do Mundial recebeu e preparou o bote. Quando percebeu, viu Neuer se agigantando na frente dele. O chute do craque espanhol foi abafado pelo goleirão da Alemanha. A seleção de melhor futebol até as semifinais da Copa recebia o primeiro aviso de que a Espanha pretendia encerrar o período de hibernação futebolística.
Seguiu dando Fúria. Aos 13 minutos, Iniesta (ou um dos 17 que ocupam cada centímetro do campo) cruzou da direita. Puyol subiu bonito, subiu alto, subiu como sobem os zagueiros que marcarão o gol. O cabeceio dele foi um tiro. Mas a bala foi perdida. A bola passou por cima do gol de Neuer, gerando um “uh” coletivo – no Moses Mabhida, na Alemanha, na Espanha, sabe-se lá em quantos lugares do mundo.
A Alemanha, aos poucos, foi controlando o ânimo espanhol. “La Roja” viu suas ameaças ficarem mais raras. O problema para os tricampeões foi a incapacidade de encontrar a mesma criatividade de outros jogos – talvez a ausência de Müller, suspenso, seja a maior culpada. Houve pelo menos três lances em que os germânicos partiram para o contra-ataque com o veneno habitual. Mas se enrolaram nas próprias pernas. A Alemanha ficou resumida a cruzamentos para área, um chute de Trochowski defendido por Casillas e um pênalti reclamado por Özil, que deixou a perna para ser tocado por Sergio Ramos na entrada da área.
As rugas de Puyol na bola: Espanha na final!
Recomeçou do jeito que parou, mas em versão acelerada. A Espanha pisou no segundo tempo ainda mais superior do que no primeiro. Foi uma coleção de chances de gol. Na primeira, Pedro passou por meio time da Alemanha e rolou para Xabi Alonso, que bateu mal. Na segunda, o jogador do Real Madrid teve nova chance, desta vez ao receber passe de Xavi, e voltou a errar. Na terceira, Villa bateu colocado, no cantinho esquerdo de Neuer, com muito perigo. Na quarta, a bola não entrou porque é teimosa mesmo.
Foi aos 12 minutos. A Espanha se aproximou da área alemã em bloco, trocando passes com precisão milimétrica, como se fosse a ação mais natural do mundo. A bola chegou até Pedro, que mandou a patada. Neuer espalmou, mas a jogada teve sequência logo depois, com Iniesta. O meia do Barcelona avançou pela esquerda, chegou à linha de fundo, já dentro da área, e mandou uma pancada como cruzamento. David Villa tem 1,75m. Se tivesse 1,76m, teria feito o gol. Esticar cada osso do corpo em um carrinho não foi suficiente para o goleador deixar sua marca.
A Alemanha até tentou mostrar que não estava dormindo. Klose recebeu cruzamento e encaixou o corpo para emendar voleio. O chute foi por cima. Mas a Espanha logo reagiu. Sergio Ramos entrou de surpresa na área alemã e quase completou cruzamento de Alonso.
A Alemanha, tão pressionada, resolveu dar um grito de que encrencaria o jogo. Kroos apareceu pela direita e mandou uma pancada em diagonal. Casillas salvou. Parecia que os tricampeões acordariam. E foi aí que mergulharam no sono da eliminação. Aos 27 minutos, Xavi cobrou escanteio e Puyol subiu. Lembra dele? Lembra do zagueiro que, no primeiro tempo, subiu bonito, subiu alto, subiu como sobem os zagueiros que marcarão o gol? Neuer, o goleiro da Alemanha, vai lembrar por todo o sempre. As rugas da testa do jogador de 32 anos estão eternizadas na bola. Golaço.
A Espanha ainda poderia ter chegado ao segundo gol, mas Pedro preferiu enfeitar o lance em vez de fazer o passe a Torres, que acabara de substituir o artilheiro Villa. Mas não fez falta. O resto é alegria e tristeza. Alegria de uma seleção que alcança um feito inédito. Tristeza de uma seleção que jogou bonito, que encantou o mundo, mas que, desta vez, não estará na final. Espanha ou Holanda, Holanda ou Espanha. O grupo dos campeões mundiais terá um novo integrante no domingo.
A Holanda está de volta a uma final de Copa do Mundo após 32 anos. A geração de Robben, Van Persie e Sneijder se iguala ao time de Krol, Neeskens e Rep e coloca a Laranja na decisão do Mundial da África do Sul. A vaga veio com uma vitória sobre o Uruguai, por 3 a 2, nesta terça-feira, no estádio Green Point, na Cidade do Cabo. A última vez da Holanda numa decisão de Copa foi na Argentina, em 1978. Naquele ano, sem Cruyff, a equipe foi vice-campeã pela segunda vez consecutiva. Agora, tenta o título inédito para provar que o futebol bonito também pode ser eficiente.
O adversário na decisão sai da disputa entre Espanha e Alemanha, nesta quarta-feira, às 15h30m, em Durban. A final está marcada para domingo, no mesmo horário.
A Holanda é um time mais técnico que o Uruguai. Provou isso durante todo o primeiro tempo: tocando a bola de pé em pé, buscando um espaço, uma brecha que fosse, para tentar penetrar no paredão celeste. A equipe sul-americana, aguerrida, conseguia brecar as investidas dos homens de laranja e tentava encaixar um contra-ataque. Faltava, porém, acerto no passe. Forlán e Cavani só viam a bola passando por cima. Em vão, tentavam lutar contra os grandalhões holandeses.
Com isso, o jogo ficou restrito à intermediária. A bola ficava por ali, mais sob o domínio da Holanda que do Uruguai. A tentativa de Kuyt, logo aos três minutos, que recebeu cruzamento de Sneijder e mandou por cima do gol, parecia que seria a única a se aproximar do gol uruguaio. Foi então que os jogadores perceberam que a solução era arriscar o chute de fora da área. A Jabulani não é traiçoeira? Então, bombas para o gol.
O primeiro a acertar o tiro foi Van Bronckhorst, aos 18 minutos. A Holanda veio com seu toque paciente. A bola saiu de Robben, na direita, e chegou a Kuyt, que percebeu o lateral-esquerdo vindo. A bola foi rolada e o capitão holandês, que estava a 36 metros do gol, mandou uma bomba certeira. A bola, que viajou a 109km/h, não pegou efeito: saiu quase em linha reta na direção do ângulo esquerdo de Muslera, que até chegou a encostar nela, mas não o suficiente para desviá-la. Um golaço.
O gol, porém, não mudou o panorama do jogo. A Holanda seguia tentando controlar o jogo trocando passes e o Uruguai buscava acertar pelo menos três trocas de bola para se aproximar da área. Estava difícil. Aos 27 minutos, um susto. Após cobrança de escanteio de Forlán, Cáceres tentou mandar a bola de bicicleta para o gol, mas acabou acertou o chute no rosto do volante De Zeeuw. O jogador holandês chegou a ficar desacordado. O lance causou um início de confusão, com Sneijder tentando tomar as dores do companheiro. O carrasco brasileiro (marcou os dois gols holandeses que despacharam o Brasil nas quartas de final) acabou levando o amarelo.
Como estava difícil chegar tocando, o Uruguai resolveu tentar a mesma solução encontrada pelo adversário: os chutes de fora. O primeiro só veio aos 36, com Álvaro Pereira, que não chegou a assustar o goleiro Stekelenburg. Mas o segundo, aos 41, foi inapelável. Forlán recebeu pela direita, cortou para o pé esquerdo e chutou. A bola fez uma curva da esquerda para a direita e atrapalhou o goleiro, que até deu um tapa na bola, mas sem conseguir mandá-la para fora. Estava empatada a partida.
A Holanda voltou para o segundo tempo com uma formação diferente. O técnico Bert Van Marwijk tirou o volante De Zeeuw, que levou um chute no rosto no primeiro tempo, e colocou em campo mais um meia: Van Der Vaart. Restou apenas Van Bommel na proteção à zaga, mas isso não fez muita diferença, já que o Uruguai seguia recuado.
Com mais um armador em campo, Sneijder ficou ainda mais solto e começou a aparecer. O toque de bola holandês tornou-se envolvente e encurralou os uruguaios. Os gols não tardaram a sair, já que a pressão era intensa. Aos 25, Sneijder dominou pela esquerda, cortou para o meio e chutou de direita. A bola desviou em Maxi Pereira e entrou. Os uruguaios reclamaram de impedimento de Van Persie, que não chegou a encostar na bola, mas o árbitro não deu bola.
O golpe foi duro e deixou a Celeste grogue. Aos 28, veio o gol que praticamente encerrou o jogo. Kuyt recebeu pela esquerda e acertou ótimo cruzamento para Robben, que subiu livre e escorou. A bola foi no cantinho direito de Muslera, ainda beijou o pé da trave antes de entrar.
O Uruguai, contudo, não se entregou. A pressão da Celeste rendeu frutos aos 47, quando Maxi Pereira reduziu a vantagem e incendiou o fim do jogo. O árbitro, que tinha prometido dar três minutos de acréscimos, esticou o jogo, e a Celeste manteve o abafa até o apito final. Não deu. Tristeza em azul, euforia em laranja na Cidade do Cabo.