Copa pode ser afetada por caos aéreo na Europa
Mundial pode sofrer com as consequências da atividade do vulcão Eyjafjallajokull, na Islândia, e já pensa em soluções alternativasEmbora as autoridades europeias tenham anunciado planos para iniciar a reabertura do espaço aéreo no continente depois de quase uma semana, a duração indefinida da atividade no vulcão Eyjafjallajokull já começa a preocupar até os organizadores da Copa do Mundo na África do Sul, que começa em pouco mais de 50 dias.
A princípio, a grande preocupação é com as alternativas de transporte para as seleções da Europa, que representam quase metade dos participantes da competição. Das 32 seleções classificadas, 13 são do velho continente. Esse motivo, no entanto, não seria suficiente para colocar a realização do torneio em risco. Caso as condições continuem como atualmente até o final de maio, uma das possíveis soluções seria transportar as delegações de ônibus ou trem até a Espanha - que ainda não foi afetada pelas nuvens de cinzas - e de lá partir para a África do Sul.
A grande consequência negativa para o Mundial nesse cenário (não descartado, já que na última ocasião em que o vulcão entrou em atividade, em 1821, o fenômeno durou mais de um ano) seria a quase total impossibilidade de viagem de torcedores por conta das dificuldades de logística e altos custos.
Com isso, a África do Sul sediaria uma Copa praticamente restrita à sua própria população. E, portanto, sem grandes benefícios para o comércio e turismo do país. A Fifa já disse que está monitorando a situação, mas por enquanto considera cedo para especular em relação a qualquer possível impacto na Copa. O porta-voz do Comitê Organizador Local (LOC), Rich Mkhondo, afirmou que a entidade ainda espera ouvir a análise de especialistas, mas torce para que a atividade vulcânica não continue por muito tempo.
Por enquanto, a África do Sul começa a sentir em sua economia algumas consequências do caos aéreo na Europa, com a paralisação das exportações. Em 2009, a Europa importou quase R$ 40 bilhões do país, sendo a maior parte em produtos perecíveis, que não teriam uma opção alternativa de transporte caso a situação prossiga.
No principal aeroporto do país, o O.R. Tambo, em Joanesburgo, alguns reflexos também já aparecem. A companhia South African Airways cancelou 30 vôos para destinos como Londres, Frankfurt e Munique. Além disso, aviões internacionais “estacionados” no aeroporto podem começar a atrapalhar até a operação de vôos locais.
Fonte IG
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